quinta-feira, janeiro 08, 2009

LIVRO 2 - O JOGO DO ANJO - CARLOS RUIZ ZAFÓN




Depois de uma certa decepção com CREPÚSCULO, um tanto adolescente demais, tive o prazer de ler O JOGO DO ANJO de Carlos Ruiz Zafón, um escritor espanhol de muito talento e grande maturidade em sua obra, autor de um livro que teve grande repercussão, vendendo mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo, A SOMBRA DO VENTO.

David Martín é um jovem órfão que mora só e trabalha desde o começo da adolescência em um jornal de Barcelona, recebendo o cuidado de algumas pessoas importantes para a trama, como o velho Sempere, dono da livraria onde David passa momentos mágicos e Pedro Vidal, um escritor de família rica e altamente reconhecido em Barcelona.

Com ajuda dos amigos, David Martín passa a viver apenas dos seus escritos, mesmo que seu nome não apareça em suas próprias obras, publicadas através de um pseudônimo. Apesar de viver da literatura, David está amarrado a dois empresários malandros, que só pensam em seus lucros. Sai da pensão imunda onde vivia e muda-se para um enorme casarão sinistro, não habitado há alguns anos. A partir daí uma sucessão de fatos despenca sobre o leitor, que já se sente preso a obra e fica ainda mais "amarrado à trama". Mistério, mortes, novos personagens e diversas reviravoltas tornam o livro ainda mais atrativo e o desespero em ler o capítulo seguinte é a mágica que acaba tornando o livro sensacional.

Para se ter uma idéia, ontem cheguei em casa do trabalho lendo o livro até a página 280. Li mais de 120 páginas de uma tacada só, das 19h30 às 23h30, praticamente sem conseguir deixá-lo de lado. Todos os livros que exercem essa necessidade de ler a próxima página, são livros que devem ser sempre indicados.

Quem imagina que o livro traz apenas mistério e suspense, vai encontrar personagens muito bem caracterizados psicologicamente e muita sensibilidade. A obra acaba prestando uma homenagem ao prazer da leitura, ao poder místico dos livros que tanto nos cativam.

Quando perguntado se O Jogo do Anjo é melhor que A Sombra do Vento, o autor não tem dúvidas ao responder que sim: “Eu gosto mais. Entre outras coisas porque a anterior comecei a escrever há quase dez anos. Quero acreditar que aprendi alguma coisa nesse tempo. Além disso, é um livro menos tímido. Eu vinha da literatura juvenil, e A Sombra do Vento é deliberadamente mais amável que O Jogo do Anjo. Um dos motivos é porque foi escrita através dos olhos de um menino que estava amadurecendo. Agora fui mais valente e escrevi a irmã perversa de A Sombra do Vento. É mais dickensiana.” E completa: “O Jogo do Anjo é mais interessante porque aprofunda e amplia novos aspectos excitantes da Barcelona dos anos 20. A cidade continua sendo um personagem fundamental, mas agora explorei mais seus aspectos góticos.”

Sobre o autor:

CARLOS RUIZ ZAFÓN nasceu em Barcelona, em 25 de setembro de 1964.
Iniciou sua carreira literária em 1993 com El Príncipe de la Niebla (Premio Edebé), a que se seguem El Palacio de la Medianoche, Las Luces de Septiembre e Marina.
Em 2001 publica seu primeiro romance, A Sombra do Vento, traduzido em mais de trinta idiomas e publicado em cerca de 45 países, já vendeu mais de 10 milhões de exemplares.
No Brasil, o livro figura há mais de um ano na lista de mais vendidos.

Visite o site do autor: www.carlosruizzafon.com

segunda-feira, janeiro 05, 2009

LIVRO 1 - CREPÚSCULO - STEPHENIE MEYER

Tinha uma expectativa maior em relação ao livro, apesar que irá encontrar um grande público entre os adolescentes e os que não resistem a um romance "diferente". A autora encontrou um nicho que a deixou milionária e um personagem que vai ser idolatrado principalmente pelas garotas, o vampiro Edward Cullen.

É uma história de amor entre uma garota comum e um vampiro cheio de adjetivos e superlativos. Ela é atrapalhada, não sabe andar, não sabe dançar, tropeça muito, atrai confusões, além de ser extremamente critica de si mesma e uma pessoa que idolatra a sua paixão . Ele é um vampiro lindo, encantador, forte, ágil e misterioso, mas que não deixa de ser modesto. Ela quer ser imortal e mordida por ele, ele não quer que ela seja imortal, ou seja, não quer mordê-la. Ele, apesar de adotivo, tem uma família invejável. Ela tem pais separados e uma relação de distância em relação a eles. Na escola os outros alunos temem chegar próximo dele, mas ela é popular e muito querida. Ele é de família rica, ela não. O mais legal desse primeiro livro da série talvez sejam essas diferenças que existem entre os dois personagens principais, o que não significa quase nada quando o amor é o mais importante de tudo.

Ao que parece a história já chegou na 4ª parte, o filme vai muito bem nos cinemas americanos e brasileiros, sinal que os personagens Edward Cullen e Isabella Swan ainda continuarão por muito tempo entre nós, rendendo muitos dividendo$ para a autora. Da minha parte acho que parei no primeiro livro mesmo, pois apesar da história ser interessante, não curti muito o estilo da autora. De literatura fantástica, com a presença de vampiros ou outros monstros, prefiro mesmo Mary Shelley e Bram Stocker.