

David Martín é um jovem órfão que mora só e trabalha desde o começo da adolescência em um jornal de Barcelona, recebendo o cuidado de algumas pessoas importantes para a trama, como o velho Sempere, dono da livraria onde David passa momentos mágicos e Pedro Vidal, um escritor de família rica e altamente reconhecido em Barcelona.
Com ajuda dos amigos, David Martín passa a viver apenas dos seus escritos, mesmo que seu nome não apareça em suas próprias obras, publicadas através de um pseudônimo. Apesar de viver da literatura, David está amarrado a dois empresários malandros, que só pensam em seus lucros. Sai da pensão imunda onde vivia e muda-se para um enorme casarão sinistro, não habitado há alguns anos. A partir daí uma sucessão de fatos despenca sobre o leitor, que já se sente preso a obra e fica ainda mais "amarrado à trama". Mistério, mortes, novos personagens e diversas reviravoltas tornam o livro ainda mais atrativo e o desespero em ler o capítulo seguinte é a mágica que acaba tornando o livro sensacional.
Para se ter uma idéia, ontem cheguei em casa do trabalho lendo o livro até a página 280. Li mais de 120 páginas de uma tacada só, das 19h30 às 23h30, praticamente sem conseguir deixá-lo de lado. Todos os livros que exercem essa necessidade de ler a próxima página, são livros que devem ser sempre indicados.
Quem imagina que o livro traz apenas mistério e suspense, vai encontrar personagens muito bem caracterizados psicologicamente e muita sensibilidade. A obra acaba prestando uma homenagem ao prazer da leitura, ao poder místico dos livros que tanto nos cativam.
Quando perguntado se O Jogo do Anjo é melhor que A Sombra do Vento, o autor não tem dúvidas ao responder que sim: “Eu gosto mais. Entre outras coisas porque a anterior comecei a escrever há quase dez anos. Quero acreditar que aprendi alguma coisa nesse tempo. Além disso, é um livro menos tímido. Eu vinha da literatura juvenil, e A Sombra do Vento é deliberadamente mais amável que O Jogo do Anjo. Um dos motivos é porque foi escrita através dos olhos de um menino que estava amadurecendo. Agora fui mais valente e escrevi a irmã perversa de A Sombra do Vento. É mais dickensiana.” E completa: “O Jogo do Anjo é mais interessante porque aprofunda e amplia novos aspectos excitantes da Barcelona dos anos 20. A cidade continua sendo um personagem fundamental, mas agora explorei mais seus aspectos góticos.”
Sobre o autor:
CARLOS RUIZ ZAFÓN nasceu em Barcelona, em 25 de setembro de 1964.
Iniciou sua carreira literária em 1993 com El Príncipe de la Niebla (Premio Edebé), a que se seguem El Palacio de la Medianoche, Las Luces de Septiembre e Marina.
Em 2001 publica seu primeiro romance, A Sombra do Vento, traduzido em mais de trinta idiomas e publicado em cerca de 45 países, já vendeu mais de 10 milhões de exemplares.
No Brasil, o livro figura há mais de um ano na lista de mais vendidos.
Visite o site do autor: www.carlosruizzafon.com